quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

ESTRANHOS MEDIADORES




Acima da média dos traidores,
Situam-se os ditos mediadores,
Que transformam a sua missão,
Em degradada procrastinação.

Vilipêndio com coisas sagradas,
Enrola-os em condutas ilibadas,
De meras aparências exteriores,
E disputa por cargos superiores.

Aparência rubricista nos rituais,
Em cenários de climas angelicais,
Permite encobrir vida desonesta,
                                          E escancarar repercussão funesta.

Na estranha adoração dos panos,
Enfeitados como bicos de tucanos,
Pregam discurso de agrado moral,
Como um sacro poder atemporal.

Marcados por vícios degradantes,
Tornam-se magníficos farsantes,
Para insinuar uma piedade santa,
Que ao público agrada e encanta.

Longe duma construção do Reino,
Seu modo de ação é belo treino,
Para alargar uma fala de agrados,
A simpatizar para todos os lados.

Nos itinerários da boa formação,
Esconderam a sua real intenção,
E na profissão da malandragem,
Encontraram favorável aragem.

Vivem as aparências simpáticas,
                                            Para ocultar as ações erráticas,
E viver numa vida principesca,
Sem horror da agrura dantesca.

Denigrem o nome dos honestos,
Agregados em pequenos restos,
Que agem cordatos na mediação,
Para Deus ajudar a humana ação.






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