sábado, 12 de janeiro de 2019

ANIMAIS VINGATIVOS




Os animais políticos, religiosos e cultos,
Mais que os das matas e locais ocultos,
Notáveis pela crueldade de vinganças,
Acabam confirmando pífias lambanças.

Na prática de cegas e cruéis vinganças,
Dizem estabelecer o fim das vinganças,
Mas realimentam as reações de ódios,
E fazem das guerras os centrais pódios.

No autoproclamado direito de vingança,
Recria-se constantemente a rica fiança,
Para perpetuar violência sem tolerância,
E continuar ostentando aguda ignorância.

Se os animais fortes impõem submissão,
Os humanos elevam como nobre missão,
A matança e o extermínio do adversário,
Para ratificar a paz com o ótimo ideário.

No interminável ciclo vicioso da guerra,
A qualidade humana ainda mais emperra,
Os tão almejados direitos da convivência,
Para a superior difusão da benevolência.

Tantos sacrificados, culpados e eliminados,
Vítimas de declarantes mal intencionados,
Já poderiam despertar o bom-senso forte,
De outro nível para o humanizado aporte.

Instituição que se mostra forte na matança,
Não estabiliza razoável e digna governança,
Quando alastra e vulgariza defesa violenta,
Pois gera reação forte que contra ela atenta.





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