quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

SIMPLESMENTE HUMANO




Ante a gana de anseios infinitos,
Por vitórias e domínios benditos,
Para acumular bens aos montes,
Somem os humanos horizontes.

Colocar-se a serviço é desumano,
Pois significa viver um desengano,
Que não mergulha na ostentação,
Da tão disseminada capitalização.

Aparente fracasso da compaixão,
E sua desconsiderada aceitação,
Eleva o ar que odeia clemência,
E despreza básica complacência.

Humilhar-se para poder servir,
Ultrapassa o desvio do porvir,
Porque abriria rumo possível,
Da condição humana indizível.

Quando tanto trela enganadora,
Desvia a providência redentora,
Ainda resta nesga esperançosa,
De dedicação mais prestimosa.

À vereda do Estado endeusado,
Cabe a ocasião de novo legado,
De confirmar-se como serviço,
E de redimir-se do seu enguiço.






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