sexta-feira, 11 de novembro de 2022

DOLOROSA DIVISÃO

 

 

Disputas políticas acirradas,

Marcaram lutas obstinadas,

Mas ódio mortal espalhado,

Caracterizou um novo dado:

 

Na divisão familiar profunda,

A ameaça raivosa e iracunda,

Casou o neofascismo político,

Com tradicionalismo acrítico.

 

Cavou divisão no catolicismo,

De apelos contra comunismo,

Sem evangelho, mas de ódio,

Como único e soberano pódio.

 

Alinhou clérigos reacionários,

Com os neofascistas ideários,

De liturgias para um sistema,

Sem o cristológico emblema.

 

Apelo ao passado idealizado,

Infunde o medo desesperado,

Contra iminente comunismo,

Que devora o patriarcalismo.

 

Neste enlace de ritos antigos,

Com neofascismo de inimigos,

Gesta-se um novo primogênito,

Com rosto ético-moral atônito:

 

Importa aniquilar todo inimigo,

Assimilado como o real perigo,

A quebrar inusitado casamento,

De político e ideológico intento.

 

A comunhão eclesial machucada,

Ficou mais ferida e transpassada,

Por entronizar os supremacistas,

De motivações religiosas fascistas.

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