domingo, 11 de dezembro de 2022

SONHO NO TEMPO DIFÍCIL

 

 

Mais do que fantasia inócua,

De projeção nada conspícua,

Há sonho bom e necessário,

Para um valoroso itinerário.

 

Com os lamentos de perdas,

Cheios de relutâncias lerdas,

A fixação a anseios passados,

Obstrui rota a novos legados.

 

A teimosia em aceitar perdas,

Na postura de eriçadas cerdas,

Aumenta a violência humana,

E dela nada de bom promana.

 

Sobre feias pedras demolidas,

Emergem com flores coloridas,

As virtualidades e paradigmas,

Para fruir os novos querigmas.

 

Novo modo mais humanitário,

Relega preconceito temerário,

E gesta caminho mais altruísta,

Que o radicalismo maniqueísta.

 

Povoamento mental dos medos,

Sob bem fantasiosos arremedos,

Não produz autotranscendência,

E sequer benéfica aquiescência.

 

Ao invés das energias queimadas,

Para repetir ideias bem enleadas,

Sobre os imaginários inexistentes,

Cabem sonhos nada prepotentes.

 

O inusitado para ser configurado,

Consegue arrostar outro legado,

Do que o da dominação danosa,

Afoita sob a arrogância ufanosa.

 

Assim algo novo pode emergir,

E levar a progressivo ressurgir,

No imaginário coletivo social,

Para outro conceito universal.

 

 

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