quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

GENTILEZA

 

 

Anos de cultivada brabeza,

Reprimiram toda gentileza,

E a deixaram tão minguada,

Com a sua energia atenuada.

 

Moída e engolida pelo ódio,

Deixou o seu elevado pódio,

E subsumida no anonimato,

Sobrevive no modo caricato.

 

As alardeadas notícias falsas,

Movidas por maliciosas alças,

Feriram vivência reconciliada,

E a deixaram toda atribulada.

 

Sumiu o belo estilo respeitoso,

E impôs-se um perfil raivoso,

Visando interferir e submeter,

E, sob ameaça, se intrometer.

 

Renasce um modo benfazejo,

Que o sonho gentil de bafejo,

Aponta a rumos da amizade,

Para a cultivada fraternidade.

 

A gentileza reata bom diálogo,

Para viabilizar velho decálogo,

De tratamento amável e cívico,

Para um bom clima patriótico.

 

Edifica retornar de encontros,

Num aguardo de reencontros,

Que ampliem senso fraterno,

E selem o saudoso trato terno.

 

Este bom e desejado remédio,

Livra toda crueldade do tédio,

E debela tanta patologia social,

Que ameaça respeito mundial.

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