domingo, 5 de junho de 2022

NA ERA DA VIROSFERA

 


Sob os humanos tão valentes,

Em seus domínios polivalentes,

O apogeu superior e mais forte,

Depende de virose e seu aporte.

 

Quase invisível ao olho humano,

Espalha com um efeito inumano,

O domínio sobre sonhos e planos,

E mira os campos trans-humanos.

 

Impõe ao planeta a sua economia,

Altera rotas comerciais de anomia,

E quebra fixos esquemas culturais,

Freando negociações conjunturais.

 

Ignorada pela voracidade humana,

A virose lhe mostra a ação insana,

Do mórbido desrespeito à ecologia,

E do diagnóstico da sua patologia.

 

A virosfera em seu universo maior,

Aponta o que ambição fez de pior,

E sentencia de morte o vencedor,

Vingando-se do humano fazedor.

 

Neste hiper-proclamado vencedor,

Espalha fagos para moer seu ardor,

E freá-lo na loucura de suas ambições,

De lucrar com impróprias suposições.

 

O não reconhecimento das simbioses,

E o trato hospitaleiro das ricas bioses,

Predispõe nos anfitriões parasitários,

Fúria voraz a hospedeiros arbitrários.

 

Na bajulação da “condição humana”,

Revela-se a traição da vida humana,

Que requer muitas espécies de vida,

Até para a proteção na cotidiana lida.

 

 

 

 

 

 

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