quinta-feira, 2 de junho de 2022

DOMÍNIO

 


A magia pura do nosso tempo,

Não tolera outro contratempo,

Produz armas e meios distintos,

Para dominar possíveis recintos.

 

Joga humanos contra humanos,

Fere a natureza em atos insanos,

Para alargar possessão poderosa,

Mesmo sob produção desastrosa.

 

Nas guerras soberbas e absurdas,

Com esconderijos e sujas furdas,

Revela-se tolo ideal de grandeza,

Da super bem cultivada safadeza.

 

Se guerra já não revela vencedor,

E vitima a vida e a criação em dor,

Porque a aposta em armas letais,

Que detonem os ossos parietais?

 

As paranoias de chefes poderosos,

Movidos por impulsos ambiciosos,

Apontam colapso da ação humana,

A partir do ódio que dela promana.

 

Na guerra contra a natureza, todavia,

Não sobra ascendência à humana via,

Porque a natureza ferida é mais feroz,

E se vinga do humano de modo atroz.

 

Enchentes, tsunamis, secas e tornados,

Dizem com óbvios sinais proclamados,

Que domínio como fonte de felicidade,

É caminho cruel da humana fatalidade.

 

Ante potências, estados e cidades fortes,

Os avanços técnicos para novos aportes,

Acorda-se o caminho para a convivência,

Só possível em vilarejos da convergência.

 

 

 

 

 

 

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