segunda-feira, 20 de junho de 2022

IGREJA E ESPERANÇA

 

 

No acalanto das boas expectativas,

Não cabem as ofensas combativas,

De certezas absolutas e categóricas,

E nem persuasões tíbias e eufóricas.

 

No apelo ao Magistério e aos rituais,

Os rígidos e antigos preceitos morais,

Cederão ao bom-senso para normas,

Coadunáveis com prudentes formas.

 

Duros binarismos do “certo e errado”,

Ante um apogeu de religioso sagrado,

Darão ensejo a uma atenciosa escuta,

Com gradual regresso da ordem fajuta.

 

Obstinada defesa absolutista religiosa,

Cederá a uma benéfica ação laboriosa,

Para o respeito profundo ao diferente,

Que já se move pelo olhar indiferente.

 

Arrogante presunção da cognitividade,

Deixará de ser absoluta na sociedade,

E aprenderá do conhecimento alheio,

A relegar o radicalismo de galanteio.

 

Na imprópria atribuição de governar,

Passará à admirada ação de animar,

Enquanto a iníqua ação de mandar,

Será olvidada na força de demandar.

 

O formalismo e a teologia do pano,

Com seu aparato de fricote insano,

Ficará como recordação preterida,

De fanatizada fase de ação alarida.

 

O carismatismo que nada converte,

Sob a religiosidade que introverte,

Permitirá na ênfase do Evangelho,

Relegar cura e milagre de bedelho.

 

O ultraconservadorismo de poder,

Irá com sua bagagem se escafeder,

E permitirá o Espírito Santo agir,

E impregnar a vida de novo porvir.

 

 

 

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