O poder encampado sobre Igrejas locais,
Arvorado como de Pedro o lídimo penhor,
Destroça da fé as pedras fundamentais,
Capazes de arraigar o Reino do Senhor.
Quando homens sua vida norteiam,
Entre os rigores e as pompas do poder,
Frustram multidões que os rodeiam,
Esperando lumes de fé para crescer.
A pretensão da mitra como sinal da autoridade,
Mesmo que leve a versar sobre disciplina e ternura,
Distancia os fiéis do ansiado caminho da lealdade,
E em nada os ajuda em sua agrura.
Airosos pelos gestos de precedência,
Ignoram o discipulado como itinerário de fé,
E agem sem compaixão e sem clemência,
Com os fracos e enternecidos na fé.
Aplicam normas com a maior facilidade,
Insensíveis à vida do jeito que ela é,
Destroçam fundamentos com banalidade,
Para submeter à orientação da sua própria fé.
Carecem ele de tanta grandiosidade,
Para a pequenez da animação dos gestos,
Dos que já vacilantes lidam na comunidade,
E deles não esperam nem ofensas e nem doestos?
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