RESUMO: O
entusiasmo de setores comerciais em torno do que já acontece e, possivelmente, ainda
vai aperfeiçoar-se nas inovações educacionais com as tecnologias da comunicação
e informação (TICs), tende a considerar como fato real o que é projetado como
marketing de venda. Procuramos ponderar sobre a possibilidade não democrática da
imposição de um pensamento único, capaz de exercer uma ditadura que desloca a
função de professores para meros serviços auxiliares de monitoria e, as escolas,
para meras funções de revenda de produtos empacotados. [1]
Palavras-chave: TICs. Escola. Ensino-aprendizagem. Professores. Consumo.
Introdução
Tanto
no sistema tradicional de ensino-aprendizagem da escola, quanto na mediação das
tecnologias da comunicação e informação, espera-se que tudo quanto é ensinado
seja aprendido, mas, isto não ocorre nos níveis desejados, porque este processo
não é unilinear. A aprendizagem geralmente se constitui num processo de
construção e de reconstrução. Com tecnologia ou sem tecnologia de ponta, a
aprendizagem não constitui mera e passiva recepção, mas, depende essencialmente
da interatividade e do entendimento de como este processo funciona.
Bem sabemos que a forma
tradicional de educação escolar vem se tornando diuturnamente mais inócua
diante das novas formas de socialização, propiciadas pelas TICs (Tecnologias da
Comunicação e Informação). Neste necessário jogo de adaptação, a escola pode
incidir no risco de descaracterizar-se e, mesmo que não venha a desaparecer,
venha, contudo, a ocupar função social menos edificante do que a de longos
séculos.
O
conceito tecnologia, geralmente atribuído a inovações que melhorem e facilitem
lidas humanas, quando atribuídos à educação escolar, tendem a ser associadas a
efeitos positivos no processo de ensino-aprendizagem. Quando esta tecnologia é
a da informação e comunicação, advinda da integração dos avanços da informática
com os das telecomunicações, como vem ocorrendo com a internet, facilmente o
entusiasmo se sobrepõe ao real.
A tendência aos exageros
em torno do que ainda pode vir a acontecer, antecipa excessivamente uma
realidade que ainda precisa ser penosamente construída. Não basta saber acessar
ou usar as tecnologias da comunicação e informação. Faz-se necessário entender
como surgiram e no que implicam na vida pessoal, grupal e social, e, também, no
que repercutem na vida econômica e psíquica das pessoas. Requer um entendimento
racional do seu processo para permitir outros eventuais saltos de qualidade. Toda
esta riqueza dos avanços tecnológicos na área da comunicação e informação pode
ser altamente positiva para melhorar as relações humanas, mas também pode ser funesta,
perversa e má, para controlar indivíduos e submetê-los a um pensamento único, quanto,
para torná-los servis, passivos, dependentes de consumo. Requer-se senso
crítico diante do que é oferecido pelas TICs (Tecnologias da comunicação e
informação).
Em razão disto,
pretendemos, neste texto, destacar algumas dificuldades que ainda precisam ser
dirimidas, especialmente em torno do papel dos professores e das escolas, a fim
de que nem a panacéia e nem o marketing de venda se sobreponham aos aspectos
positivos que as TICs realmente podem trazer, e, para que não sejam engolidos
por formas pouco ou nada democráticas os valores humanitários e se estabeleça
uma escancarada manipulação do consumo de novidades.
Pretendemos, pois,
salientar que a transposição do obsoleto ambiente de instrução das escolas para
o do mundo virtual pode não melhorar a educação efetiva das pessoas, e pode
ensinar-lhes, através destas mediações, o que de pior existe para a convivência
humana. Entretanto, se consideramos apenas o quanto os aparelhos celulares
mudaram em apenas dez anos, podemos antever, com bons augúrios, que muitas
outras inovações ainda vão complementar as TICs para processos interativos de grande
aprimoramento educacional.
1.
A Tecnologia da Comunicação e
Informação
A tecnologia resulta da
condição humana de se constatar aquém dos desejos e, da necessidade de inventar
meios que facilitem a efetivação dos desejos e das lidas cotidianas. Daí a
procedência da antiga expressão latina de “Homo Creator” (ser humano criador).[2]
Desde os primórdios as pessoas foram
acumulando saberes e produzindo instrumentos capazes de permitir compensar a
limitação dos cinco sentidos: visão, tato, olfato, audição e paladar (ao qual
se relaciona também a fala). Neste alargamento, a história humana tem mostrado
diuturnas e constantes inovações. Também hoje as inovações continuam a ocorrer,
porém, com intensidade incomparavelmente maior e mais rápida do que em outros
tempos. Uma ilustração típica constitui o avanço com os telescópios e os
microscópios, que ampliam quase infinitamente o alcance da visão para o
macro-cosmos e também para o micro-cosmos. Da mesma forma, podemos lembrar
saltos em relação à imprensa, aos correios, telégrafos, telefones, rádio,
televisão, fotografia e a tecnologia digital.
Se fizermos a curta
viagem da memória da nossa infância até nossos dias, constatamos estes saltos
fenomenais de inovação tecnológica em todas as direções dos sentidos humanos.
Uma área, no entanto, sobressai notavelmente e afeta radicalmente os
tradicionais avanços obtidos: é a da tecnologia de comunicação e informação
(TIC).
Se na escola a utilização
de giz e quadro foi, por longo tempo, o auge dos recursos tecnológicos da pedagogia,
começa a perder espaço para outras formas bem mais avançadas. Aparentemente,
nada melhor do que este aprimoramento. Este, no entanto, tem profundas
implicações com democracia, emancipação, cultura e com o acúmulo das conquistas
humanas da história passada, sobre o qual se estriba a educação escolar.
O salto estupendo das
tecnologias da comunicação e informação resulta do ajuntamento de diversas
inovações tecnológicas em áreas separadas, como o surgimento do computador, do
celular, da internet, do mp3, da câmara digital, etc. O processo de integração
destes avanços tecnológicos vem propiciando equipamentos multifuncionais e de
proporções cada vez menores como os Pockets (computadores de mão), que
proporcionam múltiplos usos como acessar internet e TV, jogos, programas de
comunicação e outros serviços. Aparentemente estes dispositivos só podem ser
bem-vindos ao ambiente escolar, mas, constituem obstáculos difíceis para uma
integração com a história da educação escolar, que vem de uma tradição e se
estriba sobre um valor da cultura passada ante a exigência de profunda
inovação. Afinal, ainda resta algo a ser conservado do acúmulo do saber
educacional vindo de longos tempos?[3]
O modelo educacional que
se encontrava no auge da tecnologia educacional, era focado no professor e os
espaços acadêmicos ainda priorizam esta forma. Com a entrada das TICs
(Tecnologias da informação e comunicação) o foco do professor se desloca para aprendizagem
dos alunos, sem aquela relação direta e afetiva do professor com os alunos. Como
não se muda do dia para a noite uma longa tradição, é natural que ocorram
resistências e a adaptação geralmente não acontece sem conflitos e tensões. Se
este deslocamento já constitui um problema, outro maior emerge da mudança de
significado da entidade educacional. Sob a massiva entrada das TICs na vida das
pessoas, desmorona o universo cultural que sustentava a escola. Significa que a
escola passa a ter outro papel na sociedade e, sobre tal deslocamento, poucas
pessoas se inquietam.
Uma natural tendência das
escolas diante das TICs é a de adequar-se à sua modernização. Até mesmo para se
manterem como espaços de referência e de boa conceituação na sociedade, precisam
as escolas apostar em modernização. Todavia, tendem a investir mais em
infra-estrutura do que em efetiva qualificação para mudanças que possam levar a
maior qualidade educacional. Programas de aprendizagem ainda tendem a ser mais
escassos do que programas administrativos. Por outro lado, estes limitados
programas tendem a encontrar muitas barreiras para educar diante das pesadas
estruturas curriculares, estabelecidas por Lei, e que precisam ser respeitadas
nos mínimos detalhes, além de oferecerem ínfimas margens para adequação a
outras modalidades de aprendizagem.[4]
A simpática entrada das
TICs na vida escolar não constitui apenas a entrada de objetos facilitadores da
educação na escola. Ela implica em subsumir em redes de comunicação e
informação. Estas, por sua vez, passam por cima das peculiaridades locais, dos
traços culturais e dos valores sustentados em distintos ambientes humanos. Como
as TICs não foram inventadas especificamente para a escola, precisa a escola
adequar-se ao ditame das TICs. Com isso, entra em jogo sua identidade: que
papel vai a escola exercer nesta nova ordem?
Mesmo não aderindo ou aderindo
entusiasticamente ao mundo das redes de comunicação e informação, - com
profetas de otimismo à exaustão por toda parte - a escola perde gradualmente
seu tradicional território, isto é, ela se submete a uma
“des-territorialização” e precisa, com seus professores, “reconfigurar-se” às
exigências, não mais da Lei que implantou o currículo com os conteúdos a serem
desenvolvidos, mas, das regras que são propostas pelas TICs. Assim como se costuma
fazer reconfiguração de um conjunto de programas do computador para que ele
seja mais ágil e eficaz, necessitam a escola e os professores de uma
reconfiguração. Neste novo patamar recebem função distinta daquela que a
tradição cultural lhes havia outorgado quando outro avanço tecnológico se havia
estabelecido.
2. A reconfiguração das escolas
As TICs, no horizonte da
globalização, não constituem neutros e inofensivos utensílios a serviço da
qualificação educativa das escolas. Elas podem impor uma ditadura tão perversa
e cruel quanto múltiplas ditaduras que já ocorreram na história humana. Sutil e
sorrateiramente, elas vêm ocupando o discurso pedagógico e polarizam o ato de
ensinar e o seu correspondente e necessário espaço ao pensamento único de quem
os produz. Deste modo, se os professores não ficarem atentos, podem ser
simplesmente absorvidos para a nova tarefa de apenas mediar o consumo dos
pacotes oferecidos. Nesta nova função a escola pode virar mera loja que vende
pacotes e, os professores, funcionários terceirizados, que fazem monitoria para
assegurar a boa execução de acesso aos programas dos pacotes.
Basta ver como a maioria
das revistas sobre educação descreve, ilustra e aponta para a última geração
dos artefatos tecnológicos e os associa como o patamar mais elevado de
qualidade de ensino. No entanto, sob o entusiástico discurso, a escola e o
professor vão sendo desbancados dos genuínos papéis do tradicional processo
ensino–aprendizagem. De um lado, dá-se a entender que se trata da definitiva
superação do arcaísmo das estruturas educacionais do passado. De outro lado, pode
transparecer que quem não se submete a esta última ponta da tecnologia, está
sendo movido por um movimento conservador e já superado. O importante é
perceber que, por enquanto, os novos formalismos informáticos continuam
ancorados nos sistemas convencionais.[5]
Na verdade, as TICs não
constituem apenas a substituição das tecnologias anteriores de giz e quadro,
mas também, devido ao cultivo da fé absoluta nas suas virtualidades, vão
diminuindo progressivamente as relações reais. Por trás do universalismo da
globalidade, as TICs tendem a impor um único pólo, fruto do rearranjo da
economia de mercado. Sob a égide da sociedade planetária, já sem centros, sem
fronteiras geográficas, físicas, humanas, e nem de líderes, pode o endeusando
as TICs estar anulando todas as necessidades locais de projetos sociais. Já não
cabe à religião, nem à filosofia e nem à emancipação humana a condução do
progresso, mas, esta é delegada à ilimitada capacidade das TICs. Portanto, a
sustentação das TICs oferece um risco real de encobrir as diferenças e, na
aparente igualdade universal dos seres humanos interconectados através das suas
redes, as TICs conduzem no cabresto todos os que nelas procuram airosamente a
presumida plenitude da vida. Já não se fala de primeiro e terceiro mundo, mas,
apenas de norte e sul, como se todos os hominídeos do planeta Terra vivessem a
absoluta democracia que decorre desta suprema fonte de democracia, a propiciada
pelas TICs.[6]
A escola, a partir da “reconfiguração”,
passa a ser nivelada como qualquer ramo de comércio. Torna-se uma espécie de
franqueada que recebe suporte logístico para ser rentável e passa a ser
revendedora de materiais a serem usados pelos alunos. O acréscimo da boa
apresentação no espaço escolar, incluindo o quadro de professores, constitui
apenas um marketing para atrair famílias interessadas em consumir a prestação
de serviços e a oferta e de materiais de aprendizagem. Assim, a escola deixará de produzir uma
mercadoria para a coletividade e passará a ser consumidora do que uma
determinada rede lhe oferece e, ao revender estes produtos, vive dos lucros
desta venda. Numa escola tudo vira pacote: é de preços, de facilidades, de
pagamentos, de recuperação de notas, de viagens, enfim, a própria escola se
constitui num disputado produto de consumo.
3.
A reconfiguração dos professores
Os professores, tal como
a escola, estão sendo “reconfigurados” para que sejam instrumentos mais
eficazes e eficientes no processo de consumo da sociedade de venda de
informações. Deste modo, alguém já não é mais visto como poderoso pela posse de
terras, de imóveis ou pela oferta de mão-de-obra especializada ou, ainda, pelo
seu notório saber, mas, pelo que sabe manipular em relação ao acesso dos meios
técnicos de acesso aos pacotes de informação. Os consumidores não entendem da
sua produção e nem do contexto em que são produzidos. Por isso, sequer os
dominam. Aparentemente basta que saibam manejar formas de acesso para o consumo.[7]
Para esta nova função
técnica, não se requer dos professores capacidade reflexiva, domínio cultural,
conhecimentos axiológicos e vivência de valores éticos. É suficiente que sejam
técnicos.
O tradicional trabalho
dos professores, e que por longos séculos lhes auferia um status nas
comunidades, além de já sucumbido, agora, paulatinamente, se esvazia. Na
prática, os professores não passam muito de monitores, ou tutores, encarregados
de prestar um serviço auxiliar aos alunos nas suas buscas de aprendizagem. E,
como alunos aprendizes geralmente tendem a não se revelar responsáveis e
afoitos nesta tarefa, os professores precisam controlar o tempo em que os
alunos manejam o acesso às informações. Também eles, os professores, passam a
se constituir numa mercadoria para ser desfrutada e descartada.
Será que o termo
“professor (a)” ainda vai sobreviver por muito tempo? Provavelmente virão a ser chamados de
facilitadores ou animadores de estudos e que, na prática, vão se constituir em
medianos esclarecedores de alguns caminhos técnicos da potência didática das
tecnologias da comunicação e informação.
A reconfiguração do papel
social dos professores, todavia não implica apenas deslocamento para outra
função, mas, também indica a força eficaz do papel de ocultar o que se esconde
por trás da democracia e da flexibilidade da ação educadora: pode tudo ficar
estrito a um grande monopólio empreendido por quem produz a informação e o
conhecimento.
Se professores apenas
monitoram em função do êxito de acesso aos pacotes educacionais, seu papel
precípuo virá a ser o de ligar e desligar os aparelhos, de testá-los para ver
se está bom seu estado de funcionamento, a fim de que possam ser utilizados no
dia seguinte e, eles, em vez de formadores de opinião, de cultura e de inserção
na cultura, talvez venham a constituir periféricos prestadores de serviço, com
algumas horas de biscate, como garçons e certos serviços autônomos, que os
efetivam para completar a renda.
Em toda esta “pasteurização”
os professores, como na rápida alternância de frio e calor a que é submetido o
tratamento do leite, são submetidos a um processo de homogeneização para a
mesmice de uma função irrelevante na sociedade. O salário dos professores é o
indicador mais do que suficiente para indicar esta mudança de papéis. Assim
dilui-se o valor e o status simbólico que professores desfrutavam no quadro
cultural por longos séculos.
O papel no processo
ensino-aprendizagem dos professores vem sendo paulatinamente ocupado pela WEB. A
eles resta, então, uma função mais modesta: tornar-se mercadoria secundária a
serviço da WEB e conformar-se com esta estratificação inferior. Caso isto
pareça pouco, terão que migrar para outras funções que, pelo menos,
economicamente, rendem mais.
O que ainda poderia
significar uma postura crítica à ditadura de um modo único de se pensar a
partir de quem comunica e informa? Oxalá que o uso de termo democracia tenda a
ser cada dia menos falacioso, a fim de permitir que as fontes da comunicação e
informação abram caminhos que diminuam as diferenças sociais.[8]
Concluindo
Dos poucos traços que
destacamos depreende-se que nem tudo constitui “paz e amor” na introdução das
TICs na educação escolar. Há um rico percurso de adequação das TICs ao processo
de ensino-aprendizagem que apontam para outras grandes possibilidades de aprimoramento
deste processo, possíveis de serem alcançadas em breve, sobretudo, para aperfeiçoar
formas de estudo, de pesquisa, de elaboração de conteúdos e de novas formas de
relacionamento e comunicação entre as pessoas. As TICs já vêm facilitando
recursos de acompanhamento e avaliação, permitindo comunidades virtuais,
“e-learning”, formas de publicar e divulgar estudos científicos, didáticos e a
livre circulação de informações importantes, para mencionar apenas alguns
aspectos significativos.
Já existem vastas
possibilidades de se aprender através da comunicação online, mas como também
ocorreu nas formas tradicionais de ensino, as TICs, oferecem de tudo, do ótimo
ao mais perverso e anti-social: pirataria, pornografia, informações falsas e
enganosas, estimulação ao bullyng, a preconceitos raciais, a negócios
fraudulentos, a transgressão de regras, a abusos de toda ordem e à indução de
vícios degradantes.
O bom senso certamente
irá impor-se a fim de que escolas e professores não fiquem a mercê de uma
função secundária do seu valioso papel socializante e não fiquem delimitados a
meros aplicadores de pacotes de consumo e a serviços de tutoria, sem
consciência crítica a respeito das origens, dos avanços e dos prognósticos das
TICs.
BIBLIOGRAFIA
ANJOS, Juracy. Educação e Tecnologia: uma aliança necessária. Disponível em: http://www.overmundo.com.br
BARRETO, Raquel Goulart. Tecnologia e Educação: Trabalho e Formação
Docente. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v25n89/22617.pdf
BEPPLER, Adalberto Matias et alii. Educação e Tecnologia (proposta curricular).
Disponível em: http://diaadiaeducacao.sc.gov.br
CARVALHO, Kassandra Brito de. Implicações das TICs na educação.
Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br
CHAVES, Eduardo C. Tecnologia na Educação. Disponível em: http://chaves.com.br
DEMO, Pedro. TICs
e Educação. Disponível em: http://pedrodemo.sites.uol.com.br
INSTITUTO PARA O
DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO EDUCATIVA. O
desfio das TICs na educação. Disponível em: http://www.oei.idietics.org
MACIEL, Gizélia Bertoldo. A tecnologia e a educação na sociedade
moderna. Disponível em: http://www.slideshare.net
MIRANDA, Guilhermina Lobato. Limites e possibilidades das TIC na
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MORAN, José Manuel. A integração das Tecnologias na Educação. Disponível
em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/integração
SELWYN, Neil. O uso das TIC na educação e a promoção de inclusão social: uma
perspectiva crítica do Reino Unido. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v29n104/a0929104.pdf
[1]
Texto também disponível no site das Faculdades La Salle de Lucas do Rio
Verde-MT.
[2] De acordo com o Instituto para o
Desenvolvimento e Inovação Educativa: “Em
uma sociedade em que produzir e consumir informações e bens culturais depende,
em grande medida, do acesso e da proficiência em tecnologias da informação e da
comunicação em diversas facetas, é natural, e mesmo desejável, que os sistemas
educativos operem também uma revisão de paradigmas, pressupostos e
procedimentos”. Disponível em: http://www.oei.idietics.org
[3][3] Neil Selwyn observa com muita propriedade que
“há, portanto, um perigo em imaginar que
as TIC podem, de algum modo, impelir as pessoas a desenvolverem padrões de
comportamento e tipos de atividades profundamente novos. Contudo, essa lógica,
está no cerne da grande parte do atual debate sobre inclusão digital”. (http://www.scielo.br/pdf/es/v29n104/a0929104.pdf , p.18
[4] Segundo Guilhermina Lobato Miranda, “Parte da educação das novas gerações tem de
ser conservadora, isto é, tem de passar o testemunho e o conhecimento
construído pelas gerações anteriores. Os conhecimentos disciplinares são a
condensação exemplar do esforço e talento humanos... Além de saberem usar a
tecnologia saibam e tenham sobre ela um discurso informado e racional.” (http://sisifo.fpce.ul.pt )
[5] Guilhermina Lobato Miranda destaca que “A aprendizagem é um processo
re-(construtivo), o que significa que os alunos constroem os novos
conhecimentos com base nas estruturas e representações já adquiridas sobre os
fenômenos em estudo e que devem estar cognitiva e afetivamente envolvidos no
processamento da nova informação”. (http://sisifo.fpce.ul.pt )
[6] Sobre isso, Neil Selwyn enfatiza: “O que nos preocupa, aqui, é a facilidade
com que grande parte do falatório, sempre cheio de expectativas em torno do uso
das tecnologias, ignora a realidade ‘brutal’ do uso contemporâneo das TIC,
especialmente o papel crucial das preocupações de empresa e comércios globais
na estruturação e uso da tecnologia. Independentemente do potencial das
tecnologias, as questões do aumento de emancipação, inclusão e participação
pública, graças às TIC, não predominam no desenvolvimento comercial do uso da tecnologia
ao qual a maior parte dentre nós está submetida, uma vez que as preocupações
giram muito mais em torno de questões de lucro, pontos de audiência e ‘tempo de
permanência’”. (http://www.scielo.br/pdf/es/v29n104/a0929104.pdf,
p.18 )
[7] A este respeito Pedro Demo salienta que “de fato a muitos educadores incomoda a
pretensão por vezes lançada em ambientes tecnológicos de varrer a didática
docente e com ela a própria escola, como se as tecnologias resolvessem tudo
sozinhas... nem tudo são flores, é claro. A internet sofre pressão violenta de
privatização, porque na sociedade eurocêntrica, liberdade é confundida com
liberalismo de mercado”. (http://www.pedrodemo.sites.uol.com.br )
[8] Kassandra Brito de Carvalho destaca que “as TICs, ao mesmo tempo em que fazem
grandes potencialidades de criação de novas formas mais performáticas de
mediatização, acrescentam muita complexidade ao processo de mediatização do
ensino-aprendizagem, pois há grandes dificuldades na apropriação destas
técnicas no campo educacional e em sua ‘domesticação’ para utilização
pedagógica. Suas características essenciais – simulação, virtualidade,
acessibilidade e superabundância e extrema diversidade de informações – são
totalmente novas e demandam concepções metodológicas muito diferentes daquelas
das metodologias tradicionais de ensino baseadas num discurso científico
linear, cartesiano e positivista”. (http://www.portaleducacao.com.br )
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