sexta-feira, 20 de junho de 2025

COLONIALIDADE

 


Este traço humano precípuo,

Lídimo manifesto conspícuo,

Revela na obsessão humana,

Algo que choca e desengana.

 

Abrange modo de ser e saber,

Ornado por ambição de poder,

Tanto em relações subjetivadas,

Como em ações incrementadas.

 

Parece que a ontologia humana,

Só permite tal noção doidivana,

Da fé e da política para mandar,

E dos congêneres se aproveitar.

 

Assim, um vetusto colonialismo,

Perpassa a história com cinismo,

Sem desleixo em ser explorador,

Do humano e natural esplendor.

 

Antiga procura de terras férteis,

Para obter os lucros interférteis,

Gestou o fito olhar expansionista,

Para ampliar e alargar conquista.

 

Mudam as formas colonizadoras,

Mas, não as ações exploradoras,

De países que mais acumularam,

Sobre outros que abocanharam.

 

Segue o colonialismo espoliador,

Que extrai com severo impudor,

Impõe a venda de seus produtos,

E os onera com pesados tributos.

 

Ambição invade distintos povos,

Elimina-os com os projetos novos,

Que suprimem toda a cultura local,

E impõem sua prescrição doutrinal.

 

Para obtenção do produto desejado,

Arruma-se argumento esfarrapado,

De que a cultura invadida é inferior,

E carece da sabedoria do dominador.

 

Povos são declarados infra-humanos,

E nada valem para superiores planos,

Porque qualquer colono insubmisso,

É eliminado como um ignóbil remisso.

 

 

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