terça-feira, 17 de junho de 2025

SUMIÇO DA COMPAIXÃO

 

 

Com grandes líderes mundiais sádicos,

Perante gestores humanitários fadigos,

Surpreende prazer que alguns sentem,

No que, em sua malvadeza consentem.

 

                                                       A longa demora humana para avançar,

Sobre obstinada vontade de se vingar,

Ainda sem chegar ao patamar mínimo,

Estacionou sem elevar tom semínimo.

 

O sinal abundante com sobeja razão,

Encontrável numa mórbida emoção,

Alegra-se e festeja sofrimento alheio,

Em sarcástico e deplorável saracoteio:

 

Que os humilhados sofram e morram,

E os outros na prepotência se aferram,

No prazer de ampliar poder e domínio,

E bem felizes, por alargar o extermínio.

 

Afinal, o que lucram no ódio cultivado,

Para que todo diferente seja eliminado?

A violenta perseguição a grupos étnicos,

Não gera mínimos processos sintéticos.

 

Como poder não é determinista e linear,

Além de não conseguir a fome abrandar,

Encontrará imprevista reação das vítimas,

A arrostar as suas necessidades legítimas.

 

Violentos gângsters do crime organizado,

Na instância do poder tirano e malfadado,

Valem-se do agir despótico na governança,

Para intimidar na brutalidade da lambança.

 

Nada liberam que permita diminuir a fome,

Mas, tudo autorizam por arma que consome,

No grande lucro da venda de armas mortais,

Para matança com requintes os mais brutais.

 

Compaixão já sumiu de olhares arrogantes,

Que aos gritos soltam ofensivos berrantes,

E ainda roubam as minguadas esperanças,

Dos que anelam por solidárias governanças.

 

 

 

 

 

 

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