Dura, rígida ou empedernida
Simboliza ela a busca da solidez
Perdida e quase adormecida
Do Self subsumido outra vez
A metamorfose já engoliu os desejos,
Silenciados pelos gestos adversos,
Que ofuscaram os vitais ensejos
E, na sombra, os deixaram submersos
Como, então, atravessar o silêncio tenebroso
E a sombra que ronda a solidão?
Qual larva em processo penoso,
Precisa ele romper o casulo, seu condão.
Airoso por andar sobre as ondas
Como Pedro diante do Senhor,
Anela para que não sejam hediondas,
As constatações do seu torpor.
Da força trans-pessoal espera um lume
Capaz de implodir as pedras do caminho
E formar com elas um acesso ao seu cume
Para não mais deixá-lo sentir-se sozinho
Diante das agitadas emoções,
Constituídas em demônio traidor,
Quer ele vencer as monções
Com a pedra do próprio valor.
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