segunda-feira, 26 de junho de 2017

Tons desafinados


Na negação dos ilícitos perpetrados,
Julgamento de egrégios magistrados,
Leva a esperar punições exemplares,
Para larápios dos direitos populares.

Mas, as disposições de benevolência,
Para justificar a fastidiosa indecência,
Tendem a frustrar justas expectativas,
Com as grandiloquentes justificativas.

Um tempo provável para o julgamento,
Oferece aos acusados um vasto alento,
Porquanto obterão o tempo suficiente,
Para apresentar alegação convincente.

Os mercenários dos soldos invejáveis,
Saberão ler as entrelinhas palpáveis,
De argumentos idôneos dos clientes,
Para dirimir suas dúvidas pendentes.

O tempo engolirá os anelos de justiça,
E deixa o povo no torpor da preguiça,
De fazer algo para receber o amealhado,
Como direito do quanto já foi espoliado.

Na explicação da perversidade impetrada,
Alguma dissonância da informação dada,
Aponta velha tática do jeitinho brasileiro,
Para absolver tanto perdulário trapaceiro.


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