sexta-feira, 9 de junho de 2017

Marombas políticas



A maromba frágil dos homens do poder,
Encurrala-os e move-os para se defender,
E assim, a pitomba do serviço governante,
Já não rola nem com a mentira rompante.

Mesmo assim, exaurem astutas patranhas,
Para assegurar as velhas e viciadas manhas,
E não arredam o pé dos privilégios injustos,
A fim de se passarem por servidores justos.

No jirau a mantê-los acima do mal e do bem,
Do frágil e mórbido suporte que os mantém,
Balançam atordoados sob a maromba inerte,
E já não persuadem ninguém com falso flerte.

Fugindo da honradez dos procedimentos retos,
Vivem apelando contra todos os seus desafetos,
E repetem exaustivamente as mesmas mentiras,
Para persuadir contra alvitres das possíveis iras.

O interesse público delineado com seus desejos,
Enseja apelação a pérfidos e perversos ensejos,
Para assegurar a procrastinação na mesma lida,
Sob o álibi de que são retos e serviçais na vida.

Na dúbia apelação da cultivada malandragem,
Encontram o frágil equilíbrio da nova aragem,
De que tudo está andando sob a boa condução,
Que garante o pleno sucesso ao devir da nação.



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