Escancara-se
em nosso berço varonil,
O
procedimento cotidiano e muito vil,
De negar
enfaticamente roubos lesivos,
E alegar que foram retos e inofensivos.
Nas
mentiras exaustivamente repetidas,
Presume-se
que sejam bem convertidas,
Em
verdades categóricas e nada banais,
Sem
afetar a honra de atos descomunais.
No idílio
de que atos ilícitos perpetrados,
Não
merecem ser punidos ou detestados,
Ensina-se
que qualquer cargo mandante,
Está
liberado para procedimento errante.
Nesta
escola da malandragem do Estado,
O povo é
logrado e fica altamente lesado,
Sem
amparo daquele recurso privilegiado,
Que
oculta na mentira um devasso legado.
Ainda que
a indignação prostre a esperança,
E à
mentira não delegue qualquer confiança,
Os
mentirosos se asseguram fartos privilégios,
Para
assegurar a imagem de idôneos egrégios.
Deixam aos
pobres a sorte do sonho fantasioso,
De que
representantes criem quadro auspicioso,
De
concessões paternalistas eivadas de bondade,
Para
plenificar sua vida com uma farta felicidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário