Na melancólica
expressão de dor,
O semblante indica
vasto torpor,
Do que se passa no
corpo ferido,
Que resiste ao câncer
aguerrido.
Se ossos sem vigor de
músculos,
Indicam efeitos tão
minúsculos,
Para erguer minguados
alentos,
Como sustentar bons
intentos?
Cremos num dom
escatológico,
Da aceitação do fim
cristológico,
Que aponta para além da
morte,
O rumo que leva a bom
aporte.
O vigor da proclamada
segurança,
Que Cristo deixou como
herança,
Pelo seu próprio
itinerário de vida,
Aponta-nos uma rota a
ser seguida.
A sua ressurreição para
plena vida,
Anima o desejo desta
hora sofrida,
De que a dor leve a
algo inusitado,
Para além do momento
rejeitado.
O que Deus pode revelar
nesta hora,
Quando a morte não quer
ir embora,
E nem parece devolver uma
história,
De tanta luta e
acumulação inglória?
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