sexta-feira, 23 de junho de 2017

Prumo torto



Na edificação da sociedade,
Um prumo torto de vaidade,
Condecora nos governantes,
As regalias bem abundantes.

Além das fartas mordomias,
E das já deliberadas regalias,
Justificam um iminente risco,
Para desgraçar o seu aprisco.

O obtuso desvelo prestimoso,
Desaponta no fim primoroso,
Do prometido a necessitados,
Que apenas seguem relegados.

As concessões ao bem comum,
Atreladas ao desvio incomum,
Não ajustam a índole da ética,
Ao discurso de muita patética.

Nas promessas tão proteladas,
Esmorecem ânsias recatadas,
Que morrem sem a dignidade,
Sob uma frustrante fatalidade.

Enquanto o desvio da retidão,
Engole na curva a sofreguidão,
O distanciamento das classes,
Aumenta todo dia os impasses.

Nas boas intenções relegadas,
Não cabem vidas fracassadas,
Das vítimas do desvio de rota,

Obrigadas a fenecer em grota.

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