Na alegação do melhor para
a sociedade,
Legisladores espertos
logram a saciedade,
Com eloquentes e
sorrateiras apelações,
Para ocultar suas
ambiciosas intenções.
Tornam-se tão enfadonhos na
bajulação,
Que os interesses
corporativos em ação,
Sobressaem mais que anelos
populares,
E favorecem os seus
próprios patamares.
A rabugenta apelação ao que
é adequado,
Deixa o povaréu cada dia
mais minguado,
E em nada alivia seu sufoco
desesperador,
Nem sua resignação com a
míngua e a dor.
Discurso tedioso, abstrato
e paternalista,
Sempre encontra na prática
protecionista,
O venerado jeitinho da
polpuda vantagem,
Que sequer deturpa a sua
excelsa imagem.
Ainda mais enfadonhos são
os ares nobres,
Que somente querem promover
os pobres,
Mas os transformam em
otários irrelevantes,
Que ainda assim os elegem
como mandantes.
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