Das narrativas de
fracassos,
Vividos em tantos
regaços,
Está uma explorada
vítima,
Sem a identidade
legítima.
Parida sem pai
conhecido,
Em ambiente
promiscuído,
E, mesmo sendo adotada,
Surfou na vida
desandada.
Infiel a parceiros violentos,
Ensejou contínuos
alentos,
Pela descrição dos
abusos,
Sofridos em tratos
escusos.
Vítima dos novos
verdugos,
Nunca se livrou dos
jugos,
Que a fizeram
mendicante,
De um colo
aconchegante.
Na fantasia do colo
paterno,
Migrou por amparo
fraterno,
Que a tornou o objeto
servil,
Enganado pelo machismo
vil.
Miserável mendiga de
afeto,
Vive a fantasia com um
teto,
De um pai a legar
segurança,
Mas só encontra a
lambança.
Usada, abusada e
desfrutada,
Sabe que sua vida
desandada,
Ainda pode vicejar dignidade,
Que devolva a
autenticidade.
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