Como no velho
mito de Ouroboro,
Um dragão
imenso rodeia a terra,
E devasta do
cheiroso ao inodoro,
Tudo quanto aparece
e o dilacera.
Mais que os
dinossauros antigos,
A devorarem
quantias enormes,
O dragão
engole ricos e mendigos,
E evacua
muitas bostas informes.
De tão
esfaimado e consumista,
O dragão
rodeia o vasto planeta,
E consome o
que encontra à vista,
Sem dó para
saciar a sua mutreta.
Por fitar o consumível
pela frente,
Rodeia toda
Terra mercadológica,
E engole o próprio
rabo, contente,
Pensando na
consumidora lógica.
No seu olhar
ambicioso e faminto,
Centra o
bolso valioso e adorado,
Enlevado ao
altar do seu recinto,
Para deglutir
o humano sagrado.
Elevou a
bunda acima da bondade,
E a
centralizou como bom sucesso,
Para transformar
toda a atividade,
Em função do
adorado progresso.
Nada e
ninguém escapam da fome,
Porque até a
inteligência e religião,
Viram doce
objeto que se consome,
Na insaciável voracidade do dragão.
Feito grande
céu da plena felicidade,
O dragão do
consumismo é adorado,
E sob a
obsessão da sua voracidade,
Já está
engolindo o humano legado.
Com boa parte
do corpo engolido,
Na estreita
obsessão de consumir,
O dragão
ainda prossegue iludido,
De que seu
futuro é eterno porvir.
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