quinta-feira, 8 de junho de 2017

Adoração dos desejos



Do antigo legado indo-europeu,
O desenfreado desejo irrompeu,
Na crença redentora ocidental,
Com desequilíbrio monumental:

A alimentação de muitos desejos,
Forneceu preferências e ensejos,
Para conquistar bens e vantagens,
E desfrutar de diárias sacanagens.

Nas preferências tão amplificadas,
Cabem quaisquer situações dadas,
Com as sugestivas benemerências,
Mesmo as eivadas de indecências.

Para obter obediência e submissão,
O desejo vira o mediador da missão,
De justificar hierarquia privilegiada,
Par uma vida excelsa e avantajada.

No foco para além das capacidades,
O desejo aponta as mil facilidades,
Do que leva a gestos humanitários,
Ou a guerras de efeitos refratários.

As preferências tão bem produzidas,
Para serem ardentemente sorvidas,
Induzem no cabresto de malandros,
Os aprumos de perigosos meandros.





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