sexta-feira, 16 de junho de 2017

Imaginário religioso



O imaginário religioso capitalista,
Vive apontando inusitada pista,
Para sair da situação contrariada,
E alçar a aquisição ambicionada.

Assim a prática religiosa coletiva,
Torna-se insignificante e relativa,
Pois, importa consumir produtos,
Para alcançar níveis mais argutos.

Sem regras religiosas como guias,
Interessa o seguro efeito das vias,
Que satisfaçam desejos intimistas,
E viabilizem felicidades futuristas.

Sem limiar do profano e sagrado,
Tudo pode ser bem desbravado,
Para trazer vantagens prazerosas,
Sem propiciar sequelas onerosas.

Sob o vasto sistema de mercado,
O campo religioso ficou atrelado,
A ser somente produto comprável,
Na boa barganha para o agradável.

Sem prescrições para o caminho,
Fica todo religioso bem sozinho,
Para fazer quanto bem entende,
 Que sob a graça divina pretende.

Na religião da escolha subjetiva,
Não há espaço para ação efetiva,
De conversão para inovada vida,
Pois deve ser apenas consumida.







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