quarta-feira, 21 de junho de 2017

Dores subjetivas



Dos longos processos opressores,
Em nome de futuros promissores,
Apelos de adoração democrática,
Ocultaram roubos e vida errática.

Falso discurso dos direitos iguais,
Escondeu os privilégios especiais,
Da elite legisladora e arrogante,
A explorar de modo humilhante.

Os roubados expressam no rosto,
A amargura de intenso desgosto,
Que engole os melhores sonhos,
E os deixa em torpores bisonhos.

Resta-lhes apenas compensação,
Na pinga que causa postergação,
E torna-os frágeis dependentes,
Dum vil sistema dos indecentes.

Como a mágoa sempre retorna,
E nenhum desengano contorna,
Rouba o tão desejado sentido,
E deixa o sentimento aturdido.

Nos filmes sinistros da memória,
Não aparece imagem de vitória,
Mas reativa-se a dor do fracasso,
Produzida pelo sistema devasso.





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