Amor
perpetrado há tanto tempo,
Engendrado
no sutil contratempo,
Do
bulling a forçar um isolamento,
Tornou-te
uma grandeza de alento.
Do labor
tão sofrido na adolescência,
Ampliou-se
a bela condescendência,
Da tua
presença amiga e confortante,
Para
amenizar a agressão atordoante.
Mais
tarde o tempo da convalescença,
E das longas
noites sem uma presença,
Fizeram
você ser discreta companheira,
Que
preencheu um sentimento de eira.
Mesmo sem
amor pautado em projeto,
O hábito
cotidiano de ambiente abjeto,
Forçou a
aproximação pouco desejada,
Desta
nossa permanência condicionada.
Aos poucos
viraste parceira das horas,
Para apressar
as agruras das demoras,
E preencher
com o silêncio irradiante,
A tua
comunicação ativa e constante.
Na fase
senil refulges como parceira,
E causas
riqueza sutil e bem fagueira,
Que se
afigura com um excelso amor,
A diluir,
enternecida, o meu dissabor.
Revelas
nesta situação contingente,
Que a ação
do sistema excludente,
Não me
espolia do sentido da vida,
E nem surrupia
a boa razão da lida.
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