quarta-feira, 10 de maio de 2017

Rebotalhos



Tantas coisas insignificantes,
E posturas nada edificantes,
Roubam valiosos momentos,
E deixam a vida sem alentos.

A atenção nas quinquilharias,
Povoa a mente com ninharias,
E nos leva a mágoas cotidianas,
Por coisas tão banais e insanas.

No falso amparo que oferecem,
Os rebotalhos iludem e fenecem,
Mesmo empilhados por todo lado,
Não levam ao encanto propalado.

Tantas insignificâncias irrelevantes,
Levam a brigas e ódios atordoantes,
Sem acrescentar méritos ao nome,
E nem qualificar nada no renome.

No largo tempo da vida deslindada,
Muito pouca coisa ficou constatada,
Da real edificação do humano frágil,
Porque o enleio da miçanga foi ágil.

Enquanto a ninharia ocupa o cotidiano,
O torpor não afugenta o nível mediano,
Das relações de fachadas e aparências,
Sem, entretanto, alargar benevolências.


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