domingo, 28 de maio de 2017

Razões da existência



Tanta inquietação com o porquê,
E tanta dúvida sobre o para quê,
Causa medo e a vasta incerteza,
Sobre alguma razão da inteireza.

Aparece, então, uma segurança,
Mesmo eivada de desconfiança,
Que desvia toda a preocupação,
Para não afrontar tal motivação.

Na boa superficialidade da vida,
Alguém nos dá a atenção devida,
E nos aponta a vida da facilidade,
Como o rumo da plena felicidade.

Mas impõe a ideologia mandante,
Que deseja o consumo abundante,
E, através de astúcia convincente,
Aponta belo mundo, todo contente.

Assim, impõe as maneiras de agir,
Nada preocupada com o denegrir,
Da condição já feita sub-humana,
Sem que algo bom dela promana.

Se alienados, nada mais perguntam,
E como motivações da vida ajuntam,
A ausência de elementares respostas,

Deixa devendo eventuais propostas.

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