Mais do que sentimento
de pertença,
Encanta-me a memória da
sua crença,
Que ensejou a minha
chance de viver,
E diante das mil
peripécias sobreviver.
O dom da sua existência
alargou a vida,
Ao mundo aberto da
visão enternecida,
De participar de uma ditosa
convivência,
E de apostar em
próspera sobrevivência.
A sua vida, graça de
dádiva ressuscitada,
Eleva a recordação de
uma lida recatada,
Mas, firme e aguerrida
nas dificuldades,
E tão radiante nas diuturnas
atividades.
Do profundo amor à sua
prole gestada,
Emanou um senso de
pertença sagrada,
Ao bloco familiar como
núcleo precioso,
Do seu traço genuíno,
alegre e dadivoso.
O cultivo da sua vida
fecunda e alargada,
Estendeu-se na
generativa família amada,
E enleva no mistério da
existência humana,
Algo focado para além
da razão doidivana.
Da perfectibilidade da
sua rica existência,
Abre-se a firme baliza da
transcendência,
Para os novos mundos
eivados de sentido,
Que eclodem do seu
coração enternecido.
Mais do que saudade da
sua maternidade,
Evidencia-se esta graça
da sua natividade,
Fruída e engrandecida
até a condição senil,
Sob a crença do amor
como causa varonil.
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