domingo, 28 de maio de 2017

Ações noctívagas



Dos tempos imemoriais de medos noturnos,
Interpelados por riscos e processos soturnos,
Nossos ancestrais diminuíram efetivos riscos,
Valendo-se do controle do fogo nos apriscos.

As tramas programadas para supinos saques,
E o fator de surpresa para desferir os ataques,
Roubaram a tranquilidade do sono restaurador,
E deixaram legados de morte e de violenta dor.

A vida urbana moderna ilumina a cotidiana lida,
E estende os dias pelas noites da secreta guarida,
Mas nelas apaga os lampiões dos lugares ermos,
Para que ali se extravasem psiquismos enfermos.

Enquanto muitos dormem numa pequena morte,
Outros tramam golpes para sua derradeira sorte,
E mais do que corujas noctívagas, caçam vorazes,
Corpos, cópulas, acertos e pedidos dos sequazes.

Os mais perigosos são dos das noitadas festivas,
Que nas ambições imensuráveis e intempestivas,
Burilam leis para privilegiar suas traiçoeiras greis,
E garantir seus privilégios assegurados pelas leis.

Agem na calada da noite quando outros dormem,
E ainda impedem que suas vítimas se informem,
A respeito da perfidiosa trama que imputaram,
E daqueles que na escuridão escorropicharam.



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