segunda-feira, 8 de maio de 2017

Etiquetas e mutretas



As etiquetas e formalidades,
Quando eivadas de vaidades,
Ferem o âmago da decência,
Mas bajulam a precedência.

Na proeminência de rituais,
Os aparatos e ritos formais,
Abafam o transbordamento,
E inibem todo o bom alento.

Tudo é ensaiado e repetido,
Como a nota e seu sustenido,
Mas, os efeitos dissonantes,
Não gestam ares extasiantes.

Desde as olheiras disfarçadas,
E com variadas cores pintadas,
A artificialidade das cortesias,
Não oculta visíveis hipocrisias.

O ar da emulação pelo brilho,
Desalinha mais que caudilho,
Perdido de seus referenciais,
E sem saber quem são rivais.

As coisas que vão ao coração,
Muito mais que a decoração,
Criam uma rara exuberância,
Que exala como a fragrância.




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