quinta-feira, 4 de maio de 2017

Na pinguela das promessas



O enleio de promessas protelatórias,
Noticiadas com suspeitas aleatórias,
Vive jogando os sonhos para o futuro,
E em nada ameniza o inusitado apuro.

Improvável efetivação das promessas,
Depois de tantas mentiras pregressas,
Já não indica nenhum aporte seguro,
Para o presente e nem para o futuro.

Na rota tão insegura de uma pinguela,
O desvio do olhar para a falante trela,
Aumenta a insegurança da travessia,
E nada melhora a premente carestia.

Enquanto privilegiados se protegem,
No amparo das regras que os regem,
Os demais cairão antes do almejado,
E quais náufragos diante do desejado.

Os poucos não desandados no trilho,
Ainda se assanham como o potrilho,
Sem noção do sofrimento da maioria,
E da sonhada melhoria que ela queria.

Enquanto espertos fustigam o cotidiano,
E tantos fenecem no forçado desengano,
A violência se expande sem as barreiras,
E sem regras para construções altaneiras.






Nenhum comentário:

Postar um comentário

<center>ERA DIGITAL E DESCARTABILIDADE</center>

    Criativa e super-rápida na inovação, A era digital facilita a vida e a ação, Mas enfraquece relacionamentos, E produz humanos em...