sexta-feira, 5 de maio de 2017

No fastio das más notícias



No fastuoso perfil mandante,
Um aparatoso clima reinante,
Apresenta as vagas novidades,
Cheias de vulgares obviedades.

A pompa do ambiente faustoso,
Subleva num quadro aparatoso,
O tédio de anúncios impactantes,
Sem elã para os atos edificantes.

A aborrecida inépcia de soluções,
Enche o imaginário de desilusões,
E na febril disfunção de propostas,
Some o alento em viáveis apostas.

Na desmotivação da repugnância,
Surge a decepção com a ganância,
Que aumenta tanta insana disputa,
Sem auferir resultado bom da luta.

No tédio que antecipa o evidente,
A memória do ilusório precedente,
Fala mais alto do que tanta falácia,
Que invade a mente sem a eficácia.

Que o fastio ceda lugar ao bom-senso,
E que esta crise indique um consenso,
Capaz de engendrar regras mais justas,
Para tirar os pobres do ônus das custas.









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