Lerda como o gato
dorminhoco,
Ou o uirapuru sentado
no toco,
Disfarça no tempo fugaz
e veloz,
A pesada dúvida de efeito
atroz:
Ter que esperar um
vasto tempo,
Para internalizar o
contratempo,
Da pressa que esquece
os fatos,
E engole a memória dos
relatos.
Para que suportar a
protelação,
De quem promete a boa
ação,
E a joga aos ventos
disparados,
Que roubam sonhos e
agrados?
Para que esperar o
outro trem,
Se este ali está num
vai-e-vem,
Que não assegura as
promessas,
E nem freia obstinadas
pressas?
Quando o enleio da ação
eficaz,
Irrompe para o gesto
que apraz,
Já passou a sua vez
para reagir,
E acelerar o ensejo de
interagir.
No acalanto das boas projeções,
Mesmo com as ótimas
intenções,
Não desce no gargalo do
alento,
A demora que adia o momento.
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