Se o diabo faz a panela,
E na sua perversa trela,
Não completa a tampa,
Fita, porém, a estampa.
Nela caem os velhacos,
Astutos como macacos,
Mas a mão na cumbuca,
Revela a tinhosa sinuca.
Na caçapa amealhada,
Sobrou bola amarelada,
A trair o jogo simulado,
Do real intento sacado.
Na mentira escancarada,
A inocência tão alegada,
Desvela todo dia a farsa,
Da traição de comparsa.
Sem moral para o nome,
A teatralização consome,
A honra do belo encargo,
E consagra seu embargo.
Nus na auto-consciência,
E desvelada a indecência,
Falta folha de bananeira,
Para dissuadir a besteira.
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