sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Vida displicente



Bem conduzidos no consumo,
Já não anelam qualquer rumo,
Nem reconhecem algum erro,
Mesmo vivendo num desterro.

Eventual soberania salvadora,
Exigiria prospecção redentora,
Para preterir alguma desgraça,
De situação vil e muito crassa.

Sem consciência do entorno,
E sem dele esperar retorno,
Importa um quadro reflexo,
Sem sentimento complexo.

Basta fruir e muito consumir,
Mesmo sem algo a produzir,
Pois importa só o provisório,
Sem maior cunho meritório.

Já não importa a colonização,
Nem qualquer demonização,
Porque curtir o fugaz da festa,
Já é o bom que se manifesta.


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