quarta-feira, 5 de novembro de 2014

As zurzidelas políticas



De nada valem as cobranças de bom-senso,
Nem as múltiplas insinuações por consenso,
Quando para conquistar votantes indecisos,
Difamam-se adversários com motes precisos.

A difamação chegou aos limites da tolerância,
E consagrou uma pérfida e sórdida ignorância,
Na justificação do intento da almejada vitória,
Para projetar-se ao altaneiro grau da vanglória.

Quando um fim justifica todos os possíveis meios,
Para além dos falsos argumentos e dos galanteios,
Acabam se rompendo as básicas regras de respeito,
E se amplia a demonização do outro com despeito.

Dos ódios divulgados a partir de falsos legados,
Pouco prováveis por argumentos comprovados,
Produzem-se monstros para além das medidas,
Na rudeza de palavras sem nuances comedidas.

Com o desejo de sublevar regras estabelecidas,
Porque outros venceram rotulagens denegridas,
Prolifera-se um perverso mecanismo dominador,
Que tudo faz para sentar-se no escopo do andor.






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