sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Docente



Seu ego nada enfunado,
Vive mais do desagrado,
Do que do ar simbólico,
Que já fora tão bucólico.

A sua valiosa maestria,
Sumiu como a poesia,
Já sem encantamento,
E sem força de alento.

Virou dura profissão,
Sem a consideração,
Que um dia lhe dava,
O entorno que amava.

Feito mero parolador,
Em nada encantador,
De assuntos a ensinar,
Insiste no procrastinar.

Muito mal remunerado,
Sente-se todo esfalfado,
Pois, sua nobre função,
Perdeu simbólica razão.

Do importante educador,
Restou o cansado falador,
Dos louros já repassados;
E muito pouco apreciados.

Resta o idílio humanitário,
De vergel bem secundário,
Do tempo vivido a educar,
Na motivação de elucidar.

Os sonhos da geração nova,
Ansiados pelo que a renova,
Só gestaram forte decepção,
E o deixaram na vil inanição.















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