No sonho do imaginário coletivo,
Flui nas ondas suaves da fantasia,
Um foco muito nítido e objetivo,
Que indica a riqueza que extasia.
Sonho rico e poderoso de montão,
Em lida eivada de festa e fanfarra,
Lateja em forte ritmo de exaustão,
Para ser atingido mesmo na marra.
Para o curto percurso da ascensão,
Está o caminho da sorte de loterias,
Ou então, o caminho da corrupção,
No qual se negociam boas alforrias.
Nada, porém, tão atraente e sedutor,
Quanto o comércio de um pó branco,
De apenas um código de lei em vigor,
E que dá mais dinheiro do que banco.
A tentação do salto mágico do gato,
Engole memória do tempo decente,
E aponta um itinerário nada sensato,
Que rui num ideário sem precedente.
O fim geralmente termina muito
trágico,
Porque é da cor do sangue a
ostentação,
E o procedimento cruel e
antropofágico,
Não tem volta, nem boa
procrastinação.
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