De conceituação vaga, imprecisa e sem
referência,
Pouco ligada à qualidade profunda da
existência,
Parece tratar-se de caminho exotérico
de poucos,
Desambientados, relegados e metidos a
amoucos.
Poucos lembram que é um processo de
construção,
Que implica em diálogo e em cotidiana
produção,
E que ultrapassa o nível lógico e
biológico da lida,
Para alargar a capacidade psíquica
tão combalida.
Se intensas buscas para além da
cultura moderna,
E, frágeis na satisfação com a
autonomia hodierna,
Já não captam na tecnociência a
felicidade buscada,
Tateiam por outras intuições da
sabedoria sagrada.
Mais do que captar segredos divinos e
espirituais,
Anseiam pelo todo que subjaz nas
coisas materiais,
E no amparo holístico, para além do
fragmentado,
Encontrar entendimento de um cosmos
integrado.
O anseio que mais lateja é o de
encontrar a fonte,
Que impulsiona as motivações e que
ainda aponte,
Rumos de comunhão com outros e com o
mundo,
Para a harmonia do sentir afetivo
básico profundo.
Peregrinos na busca híbrida de leveza
e de alegria,
Não desejam a austeridade e nem mesmo
correria,
Mas, também não apraz a forma
solipsista de crer,
Que presume tudo alcançar no cultivo
do querer.
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