quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Sortilégios



Enquanto instituições públicas declinam,
Arautos dos caminhos da sorte ensinam,
Fascinados por artifícios que enriquecem,
E que exalam de futuro o que conhecem.

Arvorados nos meandros de secretas sortes,
Querem oferecer pródigos e ótimos aportes,
Aos pobres e infelizes desprovidos do poder,
Para tirar proveito deles e deles se escafeder.

Ao apontar a presumida sorte sabem amealhar,
Sobre a fantasia de tudo quanto ousam partilhar,
O poder exotérico que consegue gestar dinheiro,
Embora explorem bem mais o sonhador fagueiro.

Nas apelações aos secretos poderes transcendentais,
Sofismam em malandragem e charlatanice excogitais,
Os poderes mágicos das instantâneas transformações,
E como fautores mirabolantes de atraentes sensações.

Captam dos muitos ingênuos e incautos sonhadores,
Os anseios dos bem fulgurantes e afáveis pendores,
Para o mágico “pulo do gato” da riqueza abundante,
A perpetuar vida fácil, e, com felicidade incessante.





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