Há os que trazem o murmúrio do mar,
E que conseguem os ânimos aprumar;
Outros geram clima de intenso medo,
E apontam indício de algum arremedo.
Em alguns casos antecedem temporais,
E facilitam as destruições exponenciais,
Já em outros momentos sibilam suaves,
E encantam mais do que as lindas
aves.
Ventos delicados e de serena roupagem,
Rodeiam o humor com leveza de aragem,
E outros advêm refrigerados das
florestas,
E amenizam até as mágoas mais funestas.
Meritórios são também aqueles ventos,
Que mudam assuntos e certos eventos,
E ajuntam no bojo os ares mais
quentes,
Dos lamurientos sempre descontentes.
Restauradores são aqueles tênues da
noite,
Que transformam em agradável o
pernoite,
E aqueles das serenas chuvas
impregnados,
Que a todos deixam mais do que
animados.
Enquanto uns sopram com toda
delicadeza,
Outros assobiam em bela e graciosa
proeza,
E com alguns silvados dos mais
perfumados,
Agraciam o infeliz com aprumos
inusitados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário