Da irradiação solar, ao fogo
controlado,
A humanidade cruzou por longo legado,
E, ao conseguir clarear espaços
escuros,
Assegurou os ajustes de lugares
seguros.
Se o colorido das luzes ainda seduz
tanto,
Como reação ao escuro e seu
desencanto,
Vivemos no vai-e-vem do escuro e do
claro,
E, neles esperamos encontrar bom
amparo.
Como antepassados tanto anelaram pela
luz,
E se encantaram com todo objeto que reluz,
Associaram à luz o símbolo da
consciência,
Que clareia a mais escondida
aquiescência.
Se os romanos adoravam o sol como
sagrado,
E dele procuravam energias para o seu
legado,
Os cristãos se apropriaram daquela
referência,
E erigiram a Jesus como luz da
incandescência.
Seu referencial, ao tornar-se luz
para a vida,
Passou a modificar tanta relação
denegrida,
E mereceu a consideração da
verdadeira luz,
Que em meio a tantas humanas trevas
reluz.
Passaram-se muitos séculos e as luzes
natalinas,
Já bem distantes daquelas referências
cristalinas,
Foram referenciadas à fome do deus
capitalista,
Que se vale do ensejo para venda
sensacionalista.
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