terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Luz


Da irradiação solar, ao fogo controlado,
A humanidade cruzou por longo legado,
E, ao conseguir clarear espaços escuros,
Assegurou os ajustes de lugares seguros.

Se o colorido das luzes ainda seduz tanto,
Como reação ao escuro e seu desencanto,
Vivemos no vai-e-vem do escuro e do claro,
E, neles esperamos encontrar bom amparo.

Como antepassados tanto anelaram pela luz,
E se encantaram com todo objeto que reluz,
Associaram à luz o símbolo da consciência,
Que clareia a mais escondida aquiescência.

Se os romanos adoravam o sol como sagrado,
E dele procuravam energias para o seu legado,
Os cristãos se apropriaram daquela referência,
E erigiram a Jesus como luz da incandescência.

Seu referencial, ao tornar-se luz para a vida,
Passou a modificar tanta relação denegrida,
E mereceu a consideração da verdadeira luz,
Que em meio a tantas humanas trevas reluz.

Passaram-se muitos séculos e as luzes natalinas,
Já bem distantes daquelas referências cristalinas,
Foram referenciadas à fome do deus capitalista,
Que se vale do ensejo para venda sensacionalista.


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