terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Árvore majestosa



No seu tronco de imensa espessura,
Constituído nesta grandiosa altura,
Encanta a copa de galhos altaneiros,
E a folharada dos indícios mateiros.

De longe as flores se sobressaem,
Umas tão viçosas e outras já caem,
Mas nada vistoso como o segredo,
Do silencioso processo do enredo:

Seiva a correr silenciosa e constante,
Do húmus para uma altura distante,
Aliou-se à captação da energia solar,
Para engendrar encanto tão peculiar.

Síntese de longo tempo processado,
No entremeio das lutas do relvado,
Para sobreviver sem ser derrotado,
E manter-se neste ponto arretado.

Apesar do encanto, dá sinais visíveis,
Da ação de muitos agentes invisíveis,
Que apontam sinais de decrepitude,
E indicam inevitável sina da finitude.

Sua morte imimente ignora os anos,
Nem poupa a vitória nos desenganos,
E impõe, na profunda transformação,
Os indícios de outra vida em ascensão.





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