Desde a ancestralidade dos guaranis,
O chimarronear trás bons momentos,
E ativa energias mais que chá de anis,
Para sossegar a vida nos seus
intentos.
Das ondas da espuma verde na cabaça,
Eclodem as sensibilidades sem
chalaça,
E impregnadas de sabor que ativa a
vida,
Equilibram as andanças da cotidiana
lida.
No entorno dos olhares sensibilizados,
Do vai-e-vem da cuia e das conversas,
O sabor do verde fustiga os extasiados,
A não se meterem em ações perversas.
O chimarrão é ótimo para a memória,
Pois enquanto se sorve a seiva
quente,
Reconstrói-se, na andança merencória,
O pendor da vida que leva para
frente.
O chimarrão é eficaz para os desejos,
Enquanto sinal de gestos benfazejos,
Desperta o brio e a honradez da vida,
E revigora no ânimo a força combalida.
O bom do chimarrão é seu nobre poder,
De ação anti-depressiva e anti-oxidante,
E a capacidade das energias reascender,
Com horas fagueiras e mente galopante.
Ele estimula a atividade física e
mental,
E reduz os triglicerídeos e o colesterol,
Mas, acima de tudo aviva a energia
vital,
Para evitar as maldades e bobeiras do
rol.
Há quem sustenta que é bom
afrodisíaco,
Pois, melhor que as previsões do
zodíaco,
Mescla memórias com renovados
desejos,
E acalanta os sonhos para outros ensejos.
Ao fazer bem à atividade mental e
física,
O chimarrão tem propriedade
metafísica,
De remeter para além da sucção do
sabor,
A evaporação de toda a mágoa e dissabor.
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