Do cultivo da fé obsessiva no
progresso,
Decorre no sistema de vida o
retrocesso,
Pois, com trabalho diuturno que
exaure,
Não existe recurso eficaz que o
restaure.
Emerge paulatinamente a
sensibilidade,
Em torno de nova intuição na sociedade,
Que centraliza os traços de gosto e
afeto,
E relega as ambições do acúmulo
abjeto.
O crescimento econômico fica
desfocado,
Ante o desejo de pertença a bom
legado,
Sem reparar para o status e
precedência,
Já que importa a satisfatória
convivência.
O tribalismo de pertença e de
elitização,
Dos grupos seletos e status de
exaltação,
Cede à desconsideração da
procedência,
Para enaltecer sinais da boa
convivência.
Importa o valor da atenção que
expressa,
A bondade da valorização bem
impressa,
No olhar e nos meigos gestos de
lealdade,
A revelar a interação advinda da
amizade.
A vida pública regida por mais
sensibilidade,
Com a perda gradual da afoita
racionalidade,
Permite o emergir de novas relações
de vida,
Sem o Estado de ação ambiciosa e combalida.
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