quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Ipê amarelo



Despontas belo e exuberante,
Sobre vasto mato empolgante,
E mais que coloração amarela,
Seduz a imponência sem trela.

Diante das árvores esmaecidas,
Até pelas chuvas tão sumidas,
Tu prenuncias o fim da secura,
E transformas seiva em ternura.

Quando a vida parece extenuar,
O limite que suporta aguentar,
Tu revitalizas a seiva dormente,
E reages com vigorosa torrente.

Numa fecundidade exuberante,
Impregnas-te do belo vibrante,
Para seduzir distraídos olhares,
E inocula-los de renovados ares.

Quando outras plantas reagem,
E com belas flores interagem,
Tu já fazes soltura de sementes,
Para renovar áridos ambientes.

Na antecipação vital da esperança,
Apontas a direção da temperança,
Que indica o seu peculiar segredo,
Duma exuberância sem arremedo.







Nenhum comentário:

Postar um comentário

<center>ERA DIGITAL E DESCARTABILIDADE</center>

    Criativa e super-rápida na inovação, A era digital facilita a vida e a ação, Mas enfraquece relacionamentos, E produz humanos em...