Despontas belo e exuberante,
Sobre vasto mato empolgante,
E mais que coloração amarela,
Seduz a imponência sem trela.
Diante das árvores esmaecidas,
Até pelas chuvas tão sumidas,
Tu prenuncias o fim da secura,
E transformas seiva em ternura.
Quando a vida parece extenuar,
O limite que suporta aguentar,
Tu revitalizas a seiva dormente,
E reages com vigorosa torrente.
Numa fecundidade exuberante,
Impregnas-te do belo vibrante,
Para seduzir distraídos olhares,
E inocula-los de renovados ares.
Quando outras plantas reagem,
E com belas flores interagem,
Tu já fazes soltura de sementes,
Para renovar áridos ambientes.
Na antecipação vital da esperança,
Apontas a direção da temperança,
Que indica o seu peculiar segredo,
Duma exuberância sem arremedo.
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