Entre as incontáveis ofertas
milagreiras,
Das curas e suas mudanças
alvissareiras,
Que vão do imagético até o
afrodisíaco,
Tudo parece solucionador e
paradisíaco.
Falta, porém, encontrar um
componente,
No meio de tanta expressão descontente,
Que permita um milagrezinho bem
supino,
Para dissuadir o veneno do humor cretino.
Como o humor depende mais do entorno,
Do que do artificial e produzido
contorno,
Poderia algum frasco dum spray
inalador,
Disseminar reagentes contra qualquer dor.
Mas nem ausência de dor seria
suficiente,
Para um estado sereno, calmo e
contente,
Por que até o passado distante e remoto,
Permite ativar nas emoções um
terremoto.
Ainda que nas indeléveis boas
recordações,
Aflorassem as bem humoradas
emanações,
Restaria o campo da antecipação do
porvir,
Para ser inoculado por um prazeroso
devir.
Assim, nem bisnaga ou milagre que
enfada,
Assegura plena justeza do que muito
agrada,
Porque o antídoto para qualquer mau
humor,
Não afeta todos os campos do nosso interior.
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