Ó, almejado desejo,
De que sua função,
Dê efetivo ensejo,
A menos esganação!
Por que valer-se do cargo,
De importante missão,
Para agir, sem embargo,
Distante da sua função?
Poderiam não surrupiar,
O minguado e seco pão,
Advindo de dura ralação,
Dessa gente a ludibriar?
Já se inicia fervorosa ação,
Nas interesseiras andadas,
Com ignóbil procrastinação,
Em tantas alegres talagadas.
A cada quatro anos,
Voltam vis enganos,
Minando a função,
E agravando a traição.
Do que padece a nação,
Quando seus proventos,
Indicam a crassa disfunção,
De elementares portentos?
Que tal alterar a
legislação,
Para oferecer à dita honra,
Apenas, rigorosa caução,
Sem a menor gratificação?
A quem pagasse alto preço,
Para exercer a nobre função,
Caberia o suposto apreço,
De sujeito em nobre ação.
Os que iriam esfalfar-se,
Sobre os votos em disputa,
Poderiam, então, esmerar-se,
Pelo espaço moral da labuta.
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