Entre os fulgurantes desejos,
Mesclam-se os taciturnos,
Não propensos aos ensejos,
Mas reféns dos medos soturnos.
Nem sempre o raiar da aurora,
Aparece em clima refulgente,
E vem atrasado pela demora,
De alguma mágoa renitente.
Necessita, então, a consciência,
De ação máxima na madrugada,
Para livrar-se da reminiscência,
Da dor escondida e protelada.
Pode então a luz solar acordar a aurora,
E com suave lupa as pálpebras massagear,
Para chegar ao cérebro, sem muita demora,
E ajudá-lo a mensagens novas delinear.
Emerge, então, o fenômeno sutil,
Apontando a pré-cognição de belo dia,
Capaz de irradiar o semblante e o perfil,
Com a exuberante sensação de vida sadia.
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